Analise do filme Saneamento B sico 1
Saneamento Básico, o filme é um a comédia brasileira de 2007 que foi escrita e dirigida pelo diretor gaúcho Jorge Furtado que é reconhecidamente um dos grandes talentos nacionais. Saneamento Básico não é o seu primeiro filme que fala sobre a questão ambiental, pois ele já fez um curta sobre o assunto chamado Ilha das Flores que fala sobre a vida em um lixão nos arredores de Porto Alegre. O filme se passa na cidade fictícia na serra gaúcha de Linha Cristal que é habitada por descendentes de italianos. Na cidade há um problema, pois existe um riacho que recebe o esgoto da cidade por isso há a necessidade da construção de uma fossa séptica para o seu tratamento. Os moradores da cidade se unem em assembléia e elaboram uma carta para o prefeito solicitando que a obra de esgoto possa ser prioridade no orçamento. Mas descobrem que não há verba para a construção do tratamento de esgoto da cidade, a única verba que existe é para a produção de um filme o que faz com que os moradores tenham a idéia de fazer o filme com a verba reduzida para utilizarem o dinheiro do filme na construção da fossa. Durante toda a trama é mostrada a organização social em torno de um problema público que foi deixado de lado pelos governantes. Foi a partir do aumento populacional, da desigualdade social que o problema do saneamento básico surgiu causando a destruição ambiental e a poluição. A partir daí, Furtado constrói um roteiro que vai, passo a passo, nos ensinando como fazer cinema com poucos recursos. Marina e seu marido Joaquim (Wagner Moura) primeiro quebram a cabeça para definir o que é ficção, o que para eles acaba se traduzindo em ficção científica. Então, no roteiro, Marina coloca um monstro, que irá atacar Silene. Se for ficção tem de ter monstro. Mas de onde ele veio? "O monstro pode ser uma mutação genética decorrente do uso de fertilizantes pelos agricultores, uma mensagem ecológica", decide Marina.
O pano de fundo