Analise do Discurso.
1/ Por que estamos sujeitos à interpretação?
Uma vez tendo sido lançados na linguagem, estamos sujeitos aos seus equívocos, sua opacidade e, sobretudo, a seu modo incompleto de ser. Dessa perspectiva, a entrada no simbólico é irremediável e permanente, uma vez que a linguagem se põe, desde sempre, a mediar a relação do homem com a realidade natural (coisa). Assim, diante de qualquer fato, de qualquer objeto simbólico somos instados a interpretar e, consequentemente, produzir efeitos de sentidos quando falamos.
2/ O que significa dizer que estamos, desde sempre, comprometidos com os sentidos?
Significa dizer que comungamos ou partilhamos do horizonte de compreensão que nos chega do passado pela língua, ou seja, estamos comprometidos com os efeitos de sentidos (discurso) mobilizados na língua pelo Outro que ocupa sempre, em virtude de nosso imaginário, uma posição ideológica que faz parecer que o sentido daquilo que ele diz é transparente e natural.
3/ Por que não é possível estar com as coisas como elas são?
Estando o trabalho simbólico do discurso na base da produção da existência humana, a primeira coisa a se observar é que a relação entre homem e coisa é, desse ponto de vista, da ordem do simbólico e, portanto, os efeitos de sentidos (discurso) que se põe sobre a realidade natural orientando não só olhar do sujeito, mas sobretudo, seus gestos de interpretação para com a realidade que o cerca.
4/ É possível ser neutro com relação aos próprios pré-juízos?
Neutralidade é uma condição subjetiva inalcançável para o sujeito que é chamado a interpretar tendo em vista o fato que, a ideologia que interpela na língua o indivíduo em sujeito é constitutiva de sua identidade, noutras palavras, o sujeito se constitui (se faz) na medida em que se identifica com essa ou aquela formação discursiva de onde ele colhe sentido para suas palavras.
5/ Qual a diferença entre texto normativo e norma propriamente dita?
Texto