Analise do artigo bachelard-o filosofo da desilusão
O filósofo que será apresentado é Gaston Bachelard, francês, nascido em 27 de junho de 1884. Foi um filósofo múltiplo, com mudanças bruscas de trajetória. Viveu uma multiplicidade de projetos em sua vida profissional, tendo um paralelismo com a pluralidade de suas idéias filosóficas e com a vivacidade de um pensamento resistente a classificação e aos rótulos. As obras aqui destacadas, serão as que foram citadas em artigo escrito por Alice Ribeiro Casimiro Lopes, aluna da escola técnica Federal de Química do Rio de Janeiro, onde o enfoque central foi à discussão e analise dos aspectos da obra epistemológica de Bachelard, com sua concepção de erro e verdade e sua perspectiva descontinuista. Segundo o filósofo Francês, só podemos efetuar uma reflexão critica sobre a produção dos conceitos ao nos debruçarmos sobre a história das ciências. Barcheland organiza uma epistemologia não-normativa, ao contrário das filosofias das ciências dominantes de cunho empírico-positivista. Ao contrário, a epistemologia histórica nos faz questionar a possibilidade de definirmos de forma definitiva e universal o que é ciência. Nesta perspectiva, ciência é um objeto construído socialmente, cujos critérios de cientificidade são coletivos e setoriais às diferentes ciências. Uma das contribuições fundamentais da epistemologia histórica de Bachelard é a primazia conferida ao erro, à retificação, ao invés da verdade, na construção do conhecimento cientifico. Ele afirma que precisamos errar em ciência, pois o conhecimento científico só se constrói pela retificação desses erros. O erro deixa de ser interpretado como um equivoco, uma anomalia a ser extirpada, ou seja, o erro passa a assumir uma função positiva na gênese do saber e a própria questão da verdade se modifica, sendo assim as verdades só adquirem sentido ao fim de uma polêmica após a retificação dos erros primeiro. De um fato verdadeiro no conhecimento comum, a ciência precisa organizar