Analise de Riscos
Atualmente, o planejamento das atividades de segurança nas industrias está fundamentado nas análises da engenharia de confiabilidade. A maior parte das metodologias desenvolvidas para tais análises teve origem nas indústrias aeronáutica, militar e nuclear, consistindo tais metodologias na aplicação de técnicas de associação (lógica e sistemática) de eventos e ações operacionais, que permitem avaliar a performance dos sistemas. As hipóteses formuladas sobre as condições normais de operação e a respeito de possíveis desvios podem ser quantificadas, através de cálculos de probabilidades. Os dados provêm do registro de performance dos equipamentos, que estão disponíveis nas bases de dados de falhas. A análise enfoca os seguintes aspectos:
- desempenho dos componentes;
- integração dos mesmos ao projeto;
- dinâmica do processo;
- sub-sistemas de controle;
- layout da planta (distribuição espacial das instalações);
- procedimentos operacionais.
Deste modo, podem ser definidos os limites dentro dos quais o sistema desempenhará, de modo eficiente e seguro, as funções para as quais foi projetado. Um outro produto das análises é a definição das atividades paralelas necessárias à manutenção dos níveis de confiabilidade dos sistemas. Para que a performance projetada se aproxime da performance realizada, algumas características básicas do sistema devem ser preservadas. Sob esse aspecto, as atividades de manutenção, inspeção de equipamentos, treinamento e segurança são fundamentais. Sem uma ação eficiente nessas funções de controle, as projeções elaboradas com base na engenharia de confiabilidade perdem a consistência. Em função dessas características, os estudos de confiabilidade podem ser aplicados na fase de projeto e, também, nas plantas em operação. Sob o prisma do enfoque da análise da confiabilidade, o acidente deve ser entendido como a realização de uma probabilidade residual, representada por uma freqüência estimada muito baixa. Essa