analise de intervenção
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA: ALGUMAS
CONSIDERAÇÔES
ANALYSIS MODELS OF THE USE OF DRUGS AND THE
THERAPEUTICA INTERVENT: SOME CONSIDERATIONS
Manuel Morgado Rezende
Departamento de Psicologia da Universidade de Taubaté
RESUMO
Apresentamos, neste artigo, a conhecida triangulação droga-indivíduo-meio, que, na verdade, é uma maneira genérica de assinalar que a ação psicofarmacológica da substância, aspectos da personalidade do usuário e do ambiente devem ser objeto de análise no fenômeno do consumo de produtos psicotrópicos. Citamos, também, algumas pesquisas que focalizam a presença de fatores de risco para o uso de drogas no meio familiar e social. Abordamos, ao final, alguns aspectos dos modelos de intervenção terapêutica mais difundidos.
PALAVRAS-CHAVE: drogas, meio social e familiar, modelos, intervenção.
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por finalidade apresentar uma breve exposição dos modelos de análise do uso de substâncias psicoativas e de intervenções terapêuticas propostas, nas últimas décadas, para os consumidores desses produtos. A apresentação desta temática está fundamentada em uma revisão, atualizada, da literatura científica da área. Vamos considerar, em nossa análise, a participação das três dimensões que envolvem o complexo fenômeno do uso, abuso e dependência de drogas psicoativas, ou seja, a triangulação “DrogaIndivíduo-Meio”.
A partir do estudo solicitado pela Unesco, com finalidade de promover uma visão científica e crítica a respeito da Farmacodependência, Nowlis (1979) formulou um esquema que discute o consumo de drogas e a interação de seus elementos: a substância, o utilizador e o contexto. Paixão (1995) apresentou quatro modelos fundamentados no autor supracitado: o modelo jurídico-moral, o modelo médico, o modelo psicossocial e o modelo sociocultural.
O modelo jurídico-moral assenta-se numa visão dualista da realidade. A coexistência de posições opostas e irredutíveis