analise dce
Todo o conteúdo dessa carta parte de uma visão particular construída de poucas experiências e muitas conversas, obtidos ao longo desses 4 anos na Universidade.
O Diretório Central dos Estudantes é uma entidade estudantil que se propõe a representar o corpo discente em suas lutas e reivindicações. Digo isso porque a própria origem do primeiro DCE do Brasil, surgido em 1930, remonta a tentativas de organizar uma classe estudantil mais combativa, tendo esse DCE sido fechado durante o regime militar. Seus/suas militantes sofriam perseguições e várixs delxs foram assassinadxs, incluindo Mario Prata (MR-8), então presidente do DCE da UFRJ. A partir do final da década de 70, os diretórios passam a serem reabertos lentamente, num longo processo de “democratização” política.
O clima de instabilidade que hoje permeia o – frágil – Diretório Central dos Estudantes Umberto Câmara Neto da UFPE não se inicia apenas há 4 anos atrás, em 2010, com a gestão ilegítima do grupo Correnteza – grupo ligado à UJR que já em 2003 havia sido gestão do DCE pela primeira vez, com apenas 2 anos de existência. Ainda em 2008, depois de um ano e meio sem DCE, inicia-se mais um processo eleitoral, no qual as chapas concorrentes eram “Levante e Cante – pois o grito não basta” (anarquistas/independentes), “Pra sair dessa maré” (ligada à UJS) e “Correnteza”, saindo como vencedora a primeira, ficando Correnteza em segundo e Pra sair dessa maré em terceiro lugar. O DCE então é refundado – naquela época uma das principais pautas da comunidade acadêmica e do movimento estudantil ainda era a luta pela reabertura do RU. A principal bandeira do L&C era a de “reafirmar o compromisso em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, com um movimento estudantil independente em relação a partidos políticos, governos e reitoria”. Em 2009, o “Levante e Cante” tenta aprovar no Congresso de Estudantes da UFPE o fim das eleições do DCE, almejando uma