analise da situação da Gol Linhas Aereas
Seis anos atrás, a Gol era considerada um dos maiores exemplos de sucesso da aviação. Com 20 milhões de dólares de investimento inicial, fizeram com que a pequena low cost se transformasse em um gigante com receita líquida de 7,5 bilhões de reais e 35% de participação do mercado brasileiro de transporte aéreo. Ao longo da década, duas compras de peso (Varig e Webjet), estratégias intempestivas, caos aéreo e concorrência acirrada fizeram com que a empresa se transformasse. Seu DNA de preços mais acessíveis e serviços reduzidos evoluíram para um patamar tarifário mais alto, próximo do que é praticado pela TAM, porém, com serviços inferiores. Se, em 2008, o valor de mercado da Gol não era muito menor do que o da concorrente (5,6 bilhões de reais contra 6,9 bilhões de reais), a situação agora é outra. Enquanto a TAM vale mais de 7 bilhões de reais na bolsa, a Gol não passa de 1,36 bilhão de reais.
Todos esses fatores somados resultaram no que se vê agora: o momento financeiro mais crítico da história da empresa. “Na ansiedade para conquistar mercado, a Gol comprou a Webjet e apertou ainda mais suas contas. Aquele não era o momento apropriado”, afirma Respício do Espírito Santo Júnior, professor da Escola Politécnica da UFRJ. Na avaliação do especialista, a empresa deveria, naquele momento, ter parado com a diminuição de preços, enxugado rotas e capacidade, para só então voltar a crescer nos anos seguintes.
Os problemas da Gol começaram em 2007, com a compra da Varig, por 320 milhões de dólares. Segundo Alexandre de Barros, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e atual professor da Universidade de Calgary (EUA), a aquisição tinha um