Analise da guerra civil
Nas duas últimas décadas do século passado multiplicaram-se os conflitos civis e também, de alguma maneira em consequência disso, os projectos académicos visando compreendê-los, em parte movidos pela necessidade de fazer avançar o conhecimento, em parte em resposta às necessidades políticas e humanitárias de os prever e prevenir, e de aperfeiçoar os mecanismos para os resolver e lhes atenuar os efeitos
Dentro da existência de uma literatura escassa, viemos deste modo, abordar a questão do conflito armado entre duas forças internas, que teve lugar em moçambique logo apoios a independência entre a Frelimo no poder e uma outra que apareceu como resultado ou descontentamento do então regime governamental que é a Renamo.
Assim como aponta Peruzzo (2008), Independência nem sempre trouxe a tão sonhada harmonia com o mundo para as nações vítimas da colonização e caso de Moçambique não ficou alheio a isso e como resultado ficou independente em 1975. A guerra civil que surgiu depois da dominação e exploração portuguesa foi movida por interesses internos e externos quase nunca claros à maior parte da população. Causas para a guerra que assolou o país por quase dezasseis anos foram encontradas por muitos, principalmente estrangeiros que pouco, ou quase nada, sabiam das reais necessidades daquele povo, de seus anseios e das sequelas que a guerra deixou naquela sociedade.
Clarificação dos conceitos
Collier & Hoeffler (2000) olham para A guerra civil como algo que resultaria da decisão de uma determinada parte da sociedade em rebelar-se contra o Estado do país, numa lógica dicotómica de procura de algum ganho material ou político, ou de manifestação de um ressentimento (a célebre formulação colleriana do ‘greed or grievance’ – ganância ou ressentimento), sendo claramente motivada mais pelo primeiro do que pelo segundo, e ficando assim garantida uma racionalidade económica da explicação.
Flávia do s anjos (2008) na sua dissertação vai definir guerra civil