analise critica
“A competência das famílias – Tempo, Caos, Processo”
Guy Ausloos
Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde
1ºAno
Porto, 6 de Janeiro 2015
Através da leitura atenta do livro Guy Ausloos, a competência das famílias: Tempo, Caos, Processo, podemos reflectir acerca da importância da terapia familiar, o seu âmbito de actuação e os principais contributos para o conhecimento do desenvolvimento humano.
Esta obra, resultante de vários anos de prática e de pesquisa, bem como, de diversos artigos publicados ao longo da carreira de psiquiatra do autor, divide-se em três capítulos: tempo, caos e processo, que considero muito importantes na intervenção sistémica, nomeadamente na vertente da terapia familiar.
Segundo o autor (que vai fazendo referencia quase ao longo de todo o livro), ele vai-se construir como terapeuta, indo beber os seus conhecimentos á escola de Milão, que me parece que foi onde se começou realmente a equacionar a intervenção do paciente identificado numa óptica sistémica, começando a analisar-se os padrões de relacionamento entre as pessoas mais próximas, bem como os padrões comunicacionais.
Sensibilizou-me o livro, para a importância das relações precoces que estabelecemos junto daqueles com os quais compartilhamos laços de sangue, laços emocionais e a sua importância para nos definirmos como pessoas.
Outra questão que me suscitou particular atenção logo no primeiro capítulo foi a divisão que Ausloos, fez relativamente ao tempo, pensaria eu, o tempo, não é afinal o tempo, com a concepção que todos temos acerca dele? Afinal, talvez não, existem diferentes tipos de tempo. Temos então o tempo presente, o tempo passado, o tempo esquecido, tempo eventual. Verificamos que muitas das problemáticas trazidas pelas famílias estão intrinsecamente ligadas á noção do tempo, ao tempo que não volta atrás porque o passado é que foi bom, ao tempo esquecido onde eventualmente repetimos vivências que hoje se