Analise critica Ilha das Flores
O filme Ilha das Flores (de Jorge Furtado – 1988, Casa de Cinema de Porto Alegre), relata a situação sub-humana na qual vivem a população, no caso, os moradores da ilha das flores (porém o filme foi realizado na Ilha Grande dos Marinheiros), onde para garantir comida, as mulheres e crianças catam os restos de alimentos jogados no lixo e primeiramente separados para alimentar os porcos.
Retrata também a relação capitalista, enfatizada principalmente na fala de que os moradores da ilha não possuíam um dono (como os porcos) nem dinheiro (como a vendedora de perfumes) características que permitiam o acesso a um melhor alimento.
Em 1985 foi elaborada uma proposta de política Nacional de Segurança Alimentar com a finalidade de proporcionar o alimento a população para a autossuficiência, e a criação da CONESA- Conselho Nacional de Segurança Alimentar, que possui três eixos básicos de atuação: Reduzir o custo dos alimentos e seu peso no orçamento familiar – com visão direcionada para a garantia do sustento da família; Assegurar saúde, alimentação e nutrição a grupos populacionais determinados – priorizando as gestantes, crianças, trabalhadores e outros grupos específicos; Assegurar a qualidade biológica, sanitarista, nutricional e tecnológica dos alimentos e seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis.
Analisando com o olhar do filme, vê-se a necessidade desta política, os moradores retratados viviam na margem da subsistência humana, constituídos de mulheres, crianças, negros, pobres, habitando um local onde as qualidades sanitárias inexistiam, sem água potável e onde os porcos circulavam livremente.
Porém o cenário nacional teria um grande avanço em 2006 com a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), que com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) e a Política Nacional de transferência de Renda