analise critica filme "memórias postumas de bras cubas"
Memórias Póstumas de Brás Cubas
O filme se inicia como enterro do autor e também personagem, Brás Cubas, no Rio de Janeiro do século 19. A partir disso, o seu “fantasma” começa a nos narrar sua vida e os principais acontecimentos que a marcaram. Fala das suas aventuras, amores e emoções com total sinceridade, nos dando motivos para boas risadas. Durante todo o filme utiliza recursos característicos do realismo, como a narrativa minuciosa, a avaliação psicológica do personagem, e a tentativa de retratar a realidade como ela é. Destaca também a hipocrisia e trata o amor de uma forma completamente contrária a que vimos no romantismo, como por exemplo o seu relacionamento com Marcela , que “o amou por 15 meses e 11 contos de réis” e bastaram “30 dias e 3 esmeraldas para ganhar seu coração” , que demonstra claramente que a mesma não o amava, e apenas estava com ele por puro interesse financeiro. Houve também Eugênia, que mesmo sendo bonita e jovem, mancava. E sua grande paixão, Virgília, que o trocou pelo político Lobo Neves.
Como ele mesmo adverte, a maior virtude de um defunto é a franqueza, e ele faz uso disso nos fazendo comentários irreverentes sobre os mais diversos assuntos. Durante a trama seu “fantasma” faz pausas para comentar sobre os acontecimentos, chegando até a intervir numa situação em que ele tentara matar Lobo Neves. Conta também dos tempos em Portugal, quando estudou Direito em Coimbra, e seus envolvimentos com diversas mulheres. Fala das vantagens de nunca ter precisado trabalhar e nos apresenta seu amigo, Quincas Borba, que é também um personagem de Machado de Assis, e que passa de mendigo a milionário em pouco tempo após ter herdado a herança de um tio, porém por não saber administrar o dinheiro logo volta à condição de mendigo.
Enquanto morria teve um delírio, sonhava que estava montando um hipopótamo e encontra Pandora, a mãe natureza, que quando solicitada a deixá-lo