Analise Critica - Estratificação Social

Estratificação Social (I)
Todas as sociedades humanas são estruturadas de alguma maneira, ou seja, são dividas em camadas, nas quais os indivíduos ocupam determinados papéis que, ou acabam definindo, ou são definidos por seu lugar dentro dessa estrutura. Esse processo de divisão social e de criação de hierarquias nas quais os sujeitos são classificados é chamado de estratificação social.

Exemplos interessantes para se compreender tal processo podem ser conseguidos através da observação de instituições hierarquizadas, como o exército e a Igreja. Nelas, as pessoas são distribuídas em funções ou cargos, determinados de diversos modos, mas com uma coisa em comum: cada lugar ocupado carrega em si uma relação de poder para com todos os outros.
Sendo assim, cada lugar também possui uma capacidade de intervenção e está ligada ao seu nível de autoridade. Bispos têm voz mais ativa que padres; coronéis comandam mais que sargentos etc.
Em um universo mais amplo, o das sociedades humanas em geral, há uma forte tendência para essas formas de divisão social, não importando o período histórico o qual analisemos. Seja em relações como as de suseranos e vassalos, ou na de senhores e escravos, o que vemos é uma estratificação definidora do status dos indivíduos que, unidos por essa qualificação em comum, acabam por formar determinadas camadas sociais.
No mundo contemporâneo, o principal fator de definição dessas camadas está ligado às atividades produtivas dos sujeitos. Estas, em última instância, serão indicadoras dos padrões econômicos por eles alcançados. Ocuparão as camadas mais altas, então, os que possuírem maior riqueza, sendo esta entendida como capital ou como meios de produção (ou seja: como dinheiro ou bens, ou como condições de obtê-los).

Como já dissemos antes, a estratificação está ligada ao poder, o que vai significar o seguinte: serão detentores da maior parte do poder, na sociedade na qual vivemos, aqueles que frequentam os lugares mais altos da divisão