Analfabeto Político

LEILA ROSAMARA MACEDO DA SILVA

TRABALHO INTERDISCIPLINAR
POEMA DO ANALFABETO POLÍTICO

SANTA MARIA

No poema “Analfabeto Político”, de Berthold Brecht, fica clara a indignação do autor frente a atitudes de alienação e passividade de indivíduos que se omitem em questões consideradas por ele de extrema importância. O autor defende, através de seu poema, que a banalização da injustiça e a indiferença diante dos acontecimentos sociais e políticos são oriundos da ignorância da existência das relações de poder e da falta de consciência de que as decisões políticas interferem na vida de todos os cidadãos, conscientes ou não dessa situação. Capitalismo, privatização, exploração, preconceito, exclusão, corrupção, opressão, defesa de direitos, necessidade de mudança são algumas das idéias exploradas pelo autor no seu texto.
Fazendo um paralelo entre as idéias expostas no poema e os conceitos estudados, podemos nos reportar a várias questões.
Primeiramente é necessário esclarecer que o analfabeto não é obrigatoriamente analfabeto político. Segundo Ribeiro(2003, p.10) “Analfabeto:o que não sabe ler e escrever; qualificativo estigmatizante que traz consigo outros sentidos como ignorância, burrice, cegueira, subdesenvolvimento”. Apesar disso, sabemos que nem sempre quem não é alfabetizado deixa de exercer seus direitos de cidadão. A alfabetização amplia essa capacidade do exercício de cidadania e oferece novas possibilidades de avançar na luta contra discriminações e exclusões.
Se somos seres culturais, afetiva e socialmente construídos, seres sociais que se humanizam e se constroem nas inter-relações do cotidiano com outros humanos, nos tornamos humanizados na medida em que convivemos uns com os outros; nessa convivência há uma troca de saberes que vão sendo analisados e assimilados, ocorrendo a transformação do indivíduo e do meio em que vive. O fato é que vivemos numa sociedade globalizada e