O analfabeto político
“O pior analfabeto é o político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista e pilantra, o corrupto e lacaio das multinacionais”.
Bertold Brecht
Crítica a respeito do texto
Podemos destacar em nossa sociedade indivíduos ditos como “analfabetos políticos” que são responsáveis pelas várias gerações de governantes que não se preocupam com o bem – estar da coletividade. Essas pessoas se exaurem do exercício da cidadania, simbolizado pelo voto, em troca de sua “comodidade”, preferindo fechar os olhos para a política, portando-se alheias aos acontecimentos políticos e à situação em que se encontra o país. Ou seja, evitam a responsabilidade de eleger um governante que venha trazer prejuízos para o povo. Há ainda aquelas que continuam presas aos “currais eleitorais”, sofrendo influência de famílias que se perpetuam no poder político, usando o voto destes eleitores como instrumento para que permaneçam no poder político que nestes casos é utilizado como via de acesso aos cofres públicos. Essas pessoas mantêm-se numa posição de contribuição indireta para o agrave da situação sócio-econômica do país.
Essa situação se estabeleceu pelo fato de boa parte dos eleitores se esquivar de seus direitos e deveres, fazendo com que o país seja governado por maus políticos, que objetivam a manutenção do poder nas mãos das velhas oligarquias. Enfim, todo cidadão deve estar ciente da situação do país, agindo de forma imparcial e consciente quanto a suas escolhas, procurar entender o funcionamento da política,