An Lise Gato Malhado
A acção principal da história é o desenrolar da paixão entre o Gato e a Andorinha. As suas sequências narrativas são traduzidas numa linearidade, conciliando com o tempo cronológico da história.
Ela começa com quem conhece a história – o Vento – chegando ao ouvido do narrador. Este último conta-nos como se desenrola essa paixão através da intensidade das conversas e dos passeios entre as personagens principais. Tudo passa à volta da história de amor entre os dois: os comentários das outras personagens, o tempo, a maneira como são tratados e como eles tratam os apaixonados. O clímax está no fim da “Primavera”, onde estes começam a se afastar, dado que a Andorinha estava prometida para o Rouxinol.
O narrador considera-se um revolucionário na estrutura da narrativa quando este conta o capítulo inicial da obra nos meandros da história:
“[...] Em verdade a história, pelo menos no que se refere à Andorinha, começara antes.[...]Como não posso mais escrevê-lo onde devido, dentro das boas regras da narrativa clássica, resta-me apenas suspender mais uma vez a acção e voltar atrás. É sem dúvida um método anárquico de contar uma história, eu reconheço. Mas o esquecimento pode ir por conta do transtorno que a chegada da primavera causa aos Gatos e aos contadores de histórias.”
O que ele está a fazer é um encaixe de capítulos, cuja narração é interrompida, para ser mais tarde retomada, mas não perde o fio pela meada. A história tem um desfecho triste entre as personagens principais, mas termina com a Manhã a ganhar a rosa azul prometida no início da história pelo Tempo.
Tempo
A história principal é narrada de acordo com um tempo cronológico: as estações do ano. Simbolicamente, elas estão de acordo com os sentimentos das personagens principais. Na Primavera, o Gato e a Andorinha conhecem-se. No Verão o Gato apercebe-se que está apaixonado pela Andorinha e fica com ciúmes por ela sair com o Rouxinol. No Outono, o Gato sofre com as outras personagens, devido à má