América Portuguesa: O Sentido da Colonização
Para escrever este texto descobrir um livro sensacional, A Coroa, a Cruz e a Espada de Eduardo Bueno. Li neste livro que nossa vivência com servidores públicos incompetentes e corruptos estão no nascedouro da criação da nossa nação. Para instalar o Governo Geral, a Coroa Portuguesa mandou dezenas de funcionários públicos, junto com escrivães, juízes, meirinhos, provedores e almoxarifados, vieram também algumas características presentes na burocracia ibérica como o clientelismo, o nepotismo a leniência, que perduram até nossos dias. Tomé de Souza foi encarregado de fundar a primeira capital, Salvador, e como prenúncio do que viria a ser pratica usual neste pais, construiu a cidade-fortaleza acusado de desvio de verbas e superfaturamento de obras públicas.
Mas os fatos que devo narrar aqui é da motivação e de como se deu a colonização da América Portuguesa. Para tanto passarei brevemente pelo cenário europeu pré-descobrimento do Brasil e me fixarei nas primeiras décadas dos portugueses por aqui. Para tanto me concentrarei cultura da cana-de-açúcar, “primeiro” dos ciclos econômicos brasileiros, que caracterizam o triple sugerido por Caio Prado Jr., grande propriedade, monocultura e trabalho escravo.
►A Expansão Marítima e Comercial da Europa Ocidental
A partir da segunda metade do século XV durante a transição da Idade Média para a Idade Moderna, aconteceram enormes transformações políticas, econômicas, sociais e culturais na Europa. Com o fim da Idade Média e inicio dos Tempos Modernos iniciou-se a expansão comercial europeia que levaram aos Descobrimentos Marítimos. No âmbito da politica houve o fortalecimento e centralização do poder real e na economia, o comércio tornou-se mais importante, e fez surgir e se fortalecer uma nova classe social, a burguesia. O Renascimento artístico, incentivou as ciências trazendo progresso técnico e científico e no campo religioso, o Cristianismo foi expandindo-se para outros