Amputação
Esta modalidade de desarticulação baseia-se na articulação entre os ossos do tarso e os metatarsos (os ossos cuneiformes medial, intermédio e lateral se articulam com o primeiro segundo e terceiro metatarsos e o cubóide com o quarto e quinto metatarsos). Do ponto de vista funcional a osso cuneiforme medial e a base do primeiro metatarso são vitais para o equilíbrio do médio pé. Estes dois ossos recebem a inserção dos músculos tibial anterior, tibial posterior e fibular longo.
Portanto a manutenção destas inserções ou a re-inserção destes tendões (após a retirada da base do hálux) tende a estabilizar o coto de amputação neste nível
Desarticulação médio-társica (Chopart)
Esta técnica envolve a desarticulação no nível das articulações talo-navicular e calcâneocubóide (conhecida como articulação transversa do tarso). Apenas o retro pé será mantido, permitindo a manutenção do comprimento do membro. Este fato é importante pois permitirá a marcha sem necessidade de órtese/prótese em espaços pequenos (interior da residência). A falta de sustentação anterior do calcâneo e do tálus, associado a forte ação da musculatura da panturrilha tende a provocar a deformação em eqüino, a principal complicação tardia deste tipo de desarticulação.
Desarticulação tíbio-társica (Syme)
A técnica de amputação de Syme foi descrita em 1843 por James Syme. Como ela foi criada na época em que não existia antissepsia, anestesia e antibioticoterapia os seus resultados foram considerados revolucionários. A secção óssea limitada, parcial e distal da fíbula e tíbia causava menos dor e taxas de infecção menores para a época.
A técnica original recomendava a cirurgia em um único tempo. Isto é a desarticulação talocrural e remoção dos maléolos medial, lateral e a parte distal da cartilagem tibial. Os autores contra-indicavam a técnica para pacientes com doença vascular e para diabéticos com neuropatia. Posteriormente, Spittler et al. em 1954,