Amistad
Amistad, um filme sobre a escravidão? Sobre o preconceito racial sofridos pelos negros? Também. Porém, é mais do que um clichê. É um relato, uma representação de um evento real que nos mostra de forma bastante realista o sofrimento a que os negros africanos foram acometidos durante séculos de escravização.
Ao embarcarmos no Amistad, junto com Cinqué, que é como um líder para seu grupo por ter matado um leão, que mais tarde ele conta ter sido por sorte, e sua tribo, voltamos ao século XIX e entramos no contexto norte-americano dessa época. O filme utiliza de cenas fortes para atrair nossa atenção desde o início, dando, assim, bastante crédito ao filme, tornando-o mais verdadeiro, item necessário para um filme que trata de um tema tão discutido.
Arrancados de sua terra natal, Cinqué e sua tribo lutam pelo simples e fundamental direito à liberdade. Na longa jornada que se segue a partir desse enredo, vemos um misto de ação, aventura e emoção. Emoção esta que flui diretamente de dentro da tela para fora. Outro aspecto que entretém inteiramente são as empolgantes trocas de argumentos no tribunal. Isso o torna total e maravilhosamente interativo. Além de dispensar os diálogos comuns e geralmente tediosos de filmes de épocas. Podemos contar e nos envolver com a história de Cinqué. No desenrolar do filme, Cinqué faz amizade com seu advogado de defesa, que tenta de todas as formas fazer com que eles voltem para sua ‘’casa’’.
Quanto ao público alvo, o filme Amistad, apesar de ser inspirador e uma grande representação de um importante período da história da humanidade, não deve ser assistido pelo Ensino Fundamental por ter um alto teor emocional em diversas de suas cenas, onde os negros são torturados, mortos, enfim, cenas de extrema brutalidade durante a viagem desses negros. Porém, é um ótimo filme para ser estudado pelo Ensino Médio, pois, por ser baseado em um fato real, é uma ótima fonte de