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O século XX foi o século da revolução das mulheres, já o século XXI será o da revolução dos velhos. É o que defende a antropóloga Mirian Goldenberg, autora do livro A Bela Velhice, em que contesta mitos do envelhecimento. De fato, muitas mudanças já aconteceram e, de acordo com a autora, outras estão por vir.
“Os velhos estão se valorizando muito mais e impondo mais respeito. Não são mais invisíveis. Estão ocupando todos os espaços, inclusive espaços em que não estavam presentes antes, como universidades, lazer e vida cultural. Os velhos não ficam mais parados, escondidos, isolados. Com saúde e dinheiro, eles podem e querem estar em todos os lugares. É isso que esses velhos, que viveram a juventude nos anos revolucionários das décadas de 1960 e 1970 estão mostrando”, disse.
Artigo: A nova velhice
Um exemplo é que, há 40 anos, uma pessoa de 50 anos era considerada um velho, mulheres usavam coque e homens se vestiam formalmente e eram respeitados por serem velhos. Atualmente, “jovens idosos” de 70 anos demonstram plenos sinais de juventude. “Hoje é difícil classificar uma pessoa pela sua idade: somos ‘ageless’, sem idade, inclassificáveis. Temos pessoas de mais de 60 anos que têm muito mais energia, projetos e tesão do que jovens de 20 e poucos anos”, defende.
Mercado
A imagem do velho sentado na cadeira de balanço caiu de vez, seja nas grandes cidades, nas telenovelas ou na publicidade. De acordo com o professor da Universidade Metodista de São Paulo, Marco Antonio Cirillo, houve uma mudança muito grande sobre a forma como se retrata o velho na publicidade. “Há vinte anos, podíamos notar o idoso sendo retratado como um coitadinho da sociedade. Hoje o vemos ou como velho garotão, ou como quem toma conta da família, ou ainda como alguém ligado à tecnologia”, diz. Ele analisou, em 2012, a imagem do idoso nos anúncios das revistas.
“Esta evolução