Amigos improváveis
Dois universos tão distintos, uma amizade inesperada, verdadeiros amigos improváveis!
A história deste épico francês baseia-se à volta da ideia de pragmatismo e antítese entre dois mundos mas principalmente dois homens que precisam de ajuda. Um multimilionário imperfeito, neste caso tetraplégico, um pobrezinho perfeito. Driss é um jovem dos subúrbios à procura de emprego. Acabado de sair da prisão não tem a vida fácil e encontra então um trabalho algo peculiar, em que fica a cargo de uma grande responsabilidade e que nenhum antecessor conseguiu realizar satisfatoriamente: tratar de Philippe, um aristocrata milionário que após um acidente de parapente ficou paraplégico. Conhecem-se na entrevista de emprego a que Driss foi apenas para poder receber subsídio de desemprego e acabou por ficar, contra todas as expectativas, a cuidar de Philippe. Mesmo assim não deixa de ser um homem bem-disposto e pragmático, de modo que acaba por aceitar as condições do milionário. Recorrendo de uma forma sobretudo divertida a uma série de clichés, todo o filme gira em volta da relação entre os dois, algo mais do que suficiente para preencher as quase duas horas de filme. Parecendo inicialmente a pessoa menos adequada para a função acabam então por se ajudar mutuamente. O primeiro ajuda o segundo a realizar as tarefas que este não consegue devido às suas incapacidades, e este, ajuda o jovem a ganhar a sua liberdade e independência. Este filme é tudo menos comum. A história de Philippe e Driss é, realmente, algo de especial.
Dada a sua natureza é, sem dúvida, um filme de cariz dramático, tendo em conta toda a situação não só de Philippe, que vive uma vida muito condicionada, mas também de Driss, que tem todos os problemas normalmente associados a uma pessoa de um bairro pobre. No entanto, o filme consegue dar a volta a um ambiente pesado, utilizando muito, e bem, a comédia. Há um balanço perfeito entre o humor e o drama, não ridicularizando a situação, sem também