America por tzvetan todorov
Descobri que trata-se de autor búlgaro, ainda vivo, de 72 anos, radicado na França desde 1963. Nesta obra, o autor expõe suas pesquisas a respeito do conceito de alteridade, existente na relação de indivíduos pertencentes a grupos sociais distintos.
Parece que o tema central da obra encontra justificativa na situação do próprio autor, que é imigrante na França[->0], um país onde a relação entre nacionais e estrangeiros é historicamente marcada por um xenofobismo[->1] não declarado.
Escolheu abordagem sob crítica literária da historiografia envolvendo o relato da descoberta e conquista da América, limitado à região do Caribe e do México, nos cem anos após a primeira viagem de Colombo.
Inicialmente pressupõe o “eu”, detentor de discurso, como europeu, branco, homem e ocidental, enquanto o “outro” é índio, pobre e oriental. O ponto central do texto é a descoberta que o eu faz do outro. Nesse contexto analisa o “prostrar-se” diante do outro; os mexicas contavam com um exército amplamente superior aos dos conquistadores, e a superioridade das armas espanholas é contestada a partir da sua pequena quantidade.
Fala também sobre a facilidade com que os espanhóis estabeleceram alianças com os povos submetidos aos astecas. O que leva a entender que o tratamento dado pelos conquistadores aos povos não era muito diferente daquele submetido pelos astecas.
Os aspectos da guerra asteca, no entanto, não buscavam a absorção total de caráter conquistador.
O autor relata a importância domínio da linguagem como domínio superior que se estabeleceu a partir do encontro entre os europeus do século XV e os povos mesoamericanos.
Considera esse domínio preponderante no episódio da conquista, no sentido da compreensão do que aconteceu para os espanhóis triunfarem. Para Todorov, existem duas formas de comunicação: a