Ambiente dos Negócios no Brasil
Todo ano, o Banco Mundial (Bird) publica um relatório chamado fazendo Negócios, no qual avalia o grau de facilidade que um país oferece para o desenvolvimento empresarial. No relatório de 2012, com base em dados de 2010 e 2011, o Brasil perdeu seis posições no ranking e ficou em 126º lugar.
Embora tenha melhorado em áreas como obtenção de energia e proteção a investidores, a intrincada malha de impostos e taxas e o tempo que se perde para cumprir as obrigações tributárias derrubam o país. E o outro fator que pesa contra é a enorme burocracia para abrir e fechar empresas. Em resumo, no que depende da iniciativa privada o Brasil vai bem; no que depende do governo, vai mal.
As avaliações levaram em conta dez indicadores específicos e se concentraram especialmente no ambiente para pequenas e médias empresas. Apesar da queda no ranking geral, o Banco Mundial destacou a melhora na área de obtenção de crédito no Brasil, na qual o país ocupou a 98ª posição. “O Brasil melhorou o sistema de informação de crédito, permitindo que agências de crédito privadas possam coletar e compartilhar informações positivas”, diz o relatório. Nos rankings por área específica, a segunda melhor colocação do Brasil é relativa à proteção a investidores, com a 79ª posição e o pior desempenho brasileiro é relativo ao pagamento de impostos, área na qual o país apareceu em 150º lugar.
No relatório de 2012, o ranking geral era liderado por Cingapura, que já ocupava o primeiro lugar no relatório anterior, seguida por Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos e Dinamarca.
Entre os Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil foi o segundo pior colocado, à frente apenas da Índia, que apareceu em 132º lugar. A África do Sul foi o mais bem colocado dos Brics, em 35º lugar. China (91º lugar), Índia e Rússia (120º) foram destacadas pelo Banco Mundial por estarem “entre as 30 economias que fizeram mais progresso” nos últimos