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Através de estudos realizados para a elaboração deste trabalho, verifica-se o aumento do número de fusões e aquisições em todos os mercados a nível mundial, considerando-se alternativas diferentes das empresas se manterem num ambiente cada dia mais competitivo.
Com o crescimento das fusões e aquisições, nota-se o aumento da concentração de mercado, transformando alguns setores numa estrutura oligopolizada.
Como tal exemplo, cita-se a indústria cervejeira, que devido aos elevados investimentos em marketing, inovações constantes em seus produtos e embalagens, número reduzido de firmas que atuam no setor, alta concentração de mercado que as mesmas possuem e a dominação de mercado exercida pela AmBev, apresenta-se como uma estrutura com características de oligopólio.
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Dentre os oligopólios nacionais, analisou-se a indústria cervejeira, em especial, a fusão ocorrida entre as Cervejarias Brahma e Antarctica Paulista anunciada em meados de 1999.
No ano de 2000, o CADE aprovou a fusão das cervejarias, porém, para concretizar o processo de fusão das empresas, o CADE fez algumas restrições a serem cumpridas pela
AmBev, dentre elas: a venda da marca Bavária no prazo de oito meses após a fusão, onde o comprador não poderia ter mais de 5% de participação na indústria cervejeira nacional; venda de cinco fábricas da Antarctica, localizadas em Getúlio Vargas (RS), Ribeirão Preto (SP),
Cuiabá (MT), Salvador (BA), Manaus (AM); compartilhamento da rede de distribuição da
AmBev com cinco pequenas empresas, por quatro anos; pelo mesmo período de quatro anos a cervejaria ficaria proibida de desativar fábricas.
As restrições impostas pelo CADE foram cumpridas. A Marca Bavária e as cinco fábricas foram vendidas para a cervejaria Molson; a AmBev não desativou nenhuma fábrica no período estipulado.
Levando em consideração que este trabalho teve por objetivo analisar a variação da concentração do mercado cervejeiro antes e após a fusão das Cervejarias