Introdução A Amazônia vem sendo palco de vários discursos e discussões históricas a respeito do desenvolvimento de tribos indígenas em seu ambiente tropical úmido. Raramente a Amazônia é vista como um local propicio para a adaptação e desenvolvimento humano. Defendem também que esse ambiente pode ser considerado como “um inferno verde”, pois por muitos pesquisadores a floresta é um ambiente pobre para o desenvolvimento humano. Para fazer essas analises de desenvolvimento não basta apenas o ramo da arqueologia, mas também de outras áreas no campo do saber como as ciências biológicas, geoquímica, geofísica, entre outras que são utilizadas até hoje para discutir o povoamento, origem e desenvolvimento dessas tribos amazônicas. A Origem Carlos Fausto em seu livro Os Índios antes do Brasil utiliza um olhar de Steward para exemplificar uma visão dos tempos colônias dissertando: “Segundo essa visão, o império inca teria uma fronteira intransponível a leste, ali onde se estendia uma floresta malsã e perigosa, povoada por gente selvagem de costumes animalescos. Tal versão... resultou das fracassadas tentativas de expansão inca sobre a mata tropical” (FAUSTO, p.23) Esse olhar foi extremamente difundido, cortando toda a chance de ligação entre incas com a floresta, essa visão começou a mudar após algumas décadas mostrando a interação entre os incas, a costa o Pacífico e a floresta. Uma visão importante é também de Anna Rooseveld, que coordenou um grande projeto arqueológico na região nos anos 1980, que defende a descendência andina dos povos amazônicos e a degeneração cultural das tribos no pobre ambiente amazônico. Rooseveld explana: “A teoria ‘ambiental’, quando primeiramente aplicada às terras baixas tropicais enquanto orientação para a pesquisa de campo, tornou-se uma espécie de profecia autoexplicativa, que evitava as evidencias que não se coadunavam”. (ROOSEVELD, 1992) Determinismo ambiental e desenvolvimento Fausto utiliza a visão de