amazonia
Ocupação e administração
Em 1640 Portugal recuperou a independência e a Espanha voltou a ser adversária. Isso fez com que novos fortins fossem instalados nas margens do Solimões e nos encontros dos rios, como o forte de São José do Rio Negro, em 1699, onde bem mais tarde, nas suas proximidades, surgiu Manaus. Esse período foi marcado pela penetração extrativista e coletora atrás das “drogas do sertão” e, também pela captura, por bandeirantes vindos do Sul, da mão de obra indígena tornada escrava. A resistência dos padres ao costume das repartições onde os índios eram divididos entre os reinóis, agravada pela pratica monopolista da Companhia de Comércio do Maranhão e Grão-Pará, ativada em 1682, fez com que uma revolta eclodisse no Maranhão, a rebelião - antijesuítica e antimonopolista - do senhor de engenho Manuel Beckmann, a revolta de Bequimão, que morreu executado em 1685.
Somente em 1750 pelo Tratado de Madri, Espanha e Portugal acordaram em relação às suas fronteiras. De Lisboa o Marques do Pombal, o todo-poderoso primeiro-ministro (1756-1777), enviara já o seu irmão Mendonça Furtado, em 1751, para supervisionar os negócios da companhia monopolista na Amazônia. A época do despotismo ilustrado representada por Pombal na Metrópole e seu irmão no Grão-Pará, como politicamente denominou-se a região do Amazonas, foi extremamente ativa. Os jesuítas que lá estavam desde 1607 foram expulsos em 1760. Novas lavouras foram introduzidas, como a do algodão, a do tabaco, a da cana-de-açúcar e a do café (trazido por Palheta). Lusitanizou-se o nome das cidades, abandonando-se a toponímica brasílica, e a língua portuguesa foi ensinada. “Liberou-se os silvícolas” do seus encargos nos aldeamentos, bem como um pequeno número de colonos açoritas foi distribuído entre Belém, Santarém e Ourém, para viabilizar os empreendimentos.
Administrativamente a região sofreu uma reforma: pelo ato régio de 20 de agosto de 1772, dividiu-se o antigo Estado do Grão-Pará