AMAR É CAIR DE QUATRO
Por Tadeu Nascimento
Os amores, por mais desastrados que foram nas nossas vidas, são muito importantes, posto que ocupam nossas lembranças. Uns mais, outros menos. Com eles aprendemos, choramos, tivemos filhos, tivemos grandes momentos, brigamos, também fizemos as pazes, viajamos, nos entregamos de alma, nos separamos, nos distanciamos, nos... até nunca mais, seja feliz. Quis o destino que seria preciso passar por todos esses amores. Fico a imaginar, quando o sol das nossas vidas baixar na linha do horizonte; quando a morte estiver batendo nas nossas portas, eu me perguntaria: o que foi feito de fulana? O que ela estaria fazendo hoje? Ela estaria mais gorda? Ela se cortou nos cabelos? Será que se envelheceu, tanto quanto eu? Será que ela sabe, se eu ainda existo? Será que ela sabe que padeço do diabetes? Será que guardou mágoas de mim, ou será que não tive importância alguma na sua vida? E de Beltrana, que acabou com o nosso relacionamento para se casar com outro, e que passou a viver às turras com o marido, será que ela o deixou? Mudou-se para Paris? Jurava ela que não morreria antes de morar, pelo menos um ano, em Paris? Nunca mais, tive dela notícias. Como era bela! E o que foi feito daquela que eu tinha absoluta certeza que eu enlouqueceria sem o seu amor? E ainda, daquela outra que achava que eu seria último homem da sua vida e que- no entanto- me trocou por outro 5 anos mais novo e que dias depois ela também foi trocada por uma, 10 anos mais nova? Eu sei, isto acontece com todo mundo. Ficção à parte, não me arrependo de nenhum relacionamento, aliás, sou eternamente grato. Peço sinceras desculpas pelas faltas cometidas- que não foram poucas- Por ação ou por omissão. Sei que a vida é um sopro de tão rápida e que é preciso que sejamos intensos- isto, sei que fui- senão os