Alvaro de Campos
1. Fase Decadentista - A do poema "Opiário" - que exprime a nostalgia de além, estilo confessional divagativo, embriaguez do ópio, cansaço da civilização, o tédio, decadentismo e a sonolência e a necessidade de novas sensações.
2. Fase Futurista/ Sensacionista - A da "Ode Triunfal" - há um excesso de sensações modernas, da volúpia da imaginação, a tentativa de totalização de todas as possibilidades sensoriais e afectivas, a inquietude, a exaltação da energia explosiva, de "todas as dinâmicas", da velocidade e da força. Defensor de uma estética não-aristotélica baseada não já na ideia de beleza, mas sim na ideia de força. Cantor delirante da Energia, do Progresso e da civilização industrial.
3. Fase Intimista/ Abúlica - A partir de 1916, perante a incapacidade das realizações, é o poeta do abatimento, da abulia, da angústia, da revolta, da atonia, da aridez interior, cosmopolita, decaído, melancólico, refúgio em si mesmo num pessimismo agónico. Irmão de Pessoa ortónimo, na dor de pensar e nas saudades da infância.
Álvaro de Campos, tanto celebra a civilização industrial e mecânica, como expressa o desencanto do quotidiano citadino. Exalta a beleza da força e da máquina, mas acaba por revelar a dissolução do "eu"; Passada a fase eufórica, Campos revela uma fase disfórica; Procura incessantemente sentir tudo de "todas as maneiras".
Características formais
- Verso livre, estilo esfuziante, vertiginoso e torrencial;
- Exclamações, interjeições, apóstrofes, enumerações, onomatopeias;
Estas características encontram-se sobretudo na 2ª fase ( Fase Futurista/