Altruismo reciproco
A questão do altruísmo nos primeiros estudos organizacionais.
Na área do organizacional, a definição usualmente empregada é distinta. O altruísmo refere-se ao sacrifício de riqueza e de poder, contrapondo-se ao egoísmo que está associado à busca de riqueza e poder. Altruísmo Define como renúncia de bem estar pessoal em benefício de outros. Esta renúncia se materializa na cooperação entre as pessoas na organização.
Se a organização é o locus da racionalidade plena, o que ocorre com o indivíduo? Pois foi justamente a partir dos estudos que pôde desenvolver o seu conceito de racionalidade limitada, uma vez que este é o tipo de racionalidade que cabe aos indivíduos cooperando em organizações.
O altruísmo pode surgir em populações caracterizadas pela racionalidade limitada e pela docilidade, ou seja, a tendência de o indivíduo depender de sugestões, recomendações, persuasão e informação obtidas através de canais sociais como principal fundamento de suas escolhas.
Altruísmo e a Teoria dos Jogos
Utilizando-se de um mecanismo proveniente da teoria de jogos, Axelrod e Hamilton (1981) avaliaram empiricamente a adequação da teoria do altruísmo recíproco no contexto do dilema dos prisioneiros. A estratégia vitoriosa neste tipo de interação é representada pela cooperação inicial seguida da imitação do comportamento do outro indivíduo em rodadas subsequentes. Em termos da teoria dos jogos, a cooperação corresponderia ao comportamento altruísta enquanto a não cooperação corresponderia ao comportamento egoísta. Quando se transporta a questão do altruísmo para o âmbito organizacional, variáveis adicionais tornam-se relevantes. Assim como não se pode analisar um negócio somente do ponto de vista egoísta, caracterizado pela teoria econômica, também não pode se analisar um empreendimento somente sob a ótica do altruísmo.
Apesar de estudos terem mostrado que as pessoas percebem um negócio primariamente com o