A Árvore Generosa
Aluna: Caroline Linhares
Disciplina: Teoria Literária
O mundo através da simplicidade de “A Árvore Generosa”
O livro de Shel Silverstein, a princípio, é um livro infantil. A linguagem simples, as figuras singelas, as poucas páginas, passam a ideia a quem pega o livro pela primeira vez, de que será uma leitura sem um conteúdo reflexivo muito denso. A realidade é que por trás da capa delicada, as páginas que virão carregam uma crítica intensa ao egoísmo, a perda da inocência, ao mundo corrompido, tudo isso em contraste com o altruísmo.
“Era uma vez uma árvore que amava um menino”, assim se inicia a fábula. O amor da árvore pelo menino é o protagonista do livro e em torno dele giram as questões que podem ser levadas em conta na hora da interpretação desta história, mas focaremos neste amor por um momento. Os dois costumavam se divertir quando o menino era criança e todas as vezes que o menino a encontrava, a árvore ficava feliz. A árvore amou o menino, da primeira página até a última. Este amor era recíproco até certo ponto da história, a reviravolta se dá no momento em que somos informados “Mas o tempo passou”. Este tempo é o que faz a diferença. Quando o tempo passa o menino cresce e seus interesses mudam. Ele não vê mais graça em brincar, precisa de dinheiro para se divertir e começa a precisar de muitas outras coisas, pois a árvore em sua simplicidade já não o satisfaz como antes. A árvore, do contrário, continua amá-lo exatamente da mesma forma, ainda o vê como um “menino” e a sua felicidade depende da felicidade dele. Então, todas as vezes que o menino volta, ela se enche de alegria e vendo que ele não está feliz, lhe oferece suas maçãs, seus galhos, seu tronco até dar-se por inteiro, sem precisar de nada em troca. O altruísmo da árvore em contraste com o egoísmo do menino ao tomar-lhe tudo o que dispunha, é impactante. Shel Silverstein ,em seu livro, exibe um valor deixado de lado na vida adulta, quando outros