Alongamentos e fundamentos do voleibol
Atualmente nos clubes observamos todas as modalidades esportivas iniciando seus treinamentos com um alongamento bastante conhecido pelos praticantes de qualquer atividade física. Durante vários anos em minha prática como preparador físico e na eterna busca do diferencial em condutas físicas que produzissem um alto rendimento de meus atletas e que por sua vez respeitassem seus limites e oferecessem vidas esportivas de melhor qualidade, não me contentava com os alongamentos iniciais e convencionais que realizava todas as sessões de treinamento.
Percebi que a flexibilidade era uma capacidade física deixada um pouco à margem das grandes importâncias no treinamento diário. O convencionalismo nas formas de trabalhar as posturas. A busca do estiramento analítico não satisfazia esta necessidade de novas conquistas no planejamento desta capacidade.
Algo ficava patente, a necessidade de incrementar o conhecimento em estratégias atualizadas e mais eficazes no treinamento da flexibilidade.
A revisão bibliográfica de trabalhos em flexibilidade nos oferta uma imagem muito simplista, na minha opinião, sobre desenvolvimento desta capacidade. Modelos de treinamento que fragmentam o corpo–atleta a cada articulação, ou seja, esta imagem do corpo ser um amontoado de músculo, tendões e ligamentos, acredito não corresponder à verdade. Discursos nada conclusivos, porém em sua maioria, convergem para um nível ótimo de flexibilidade como fator preponderante de uma boa qualidade de saúde para todas as tipologias corporais.
Os atletas em sua carreira estão expostos aos desvios posturais em duas situações: estruturais, que geneticamente estão determinados e os funcionais, relacionados aos gestos específicos e repetitivos da prática esportiva profissional. Sendo estes, os desvios funcionais, responsáveis por patologias conhecidas por várias modalidades. Podendo promover quedas de rendimento em que o fisiologismo pode estar imperando sobre outras questões