Aloha
Manuel Sérgio explica que a Universidade deve influenciar o modo de uma nação ser e estar no mundo, em que o natural cede lugar ao cultural. Mas, para que haja esta mudança é necessário uma atitude crítica e racional perante rotinas, privilégios, superstições e dogmas instaurados nas instituições universitárias.
Na Idade Média, as Universidades eram designadas por “Universitas Scientiarum” e representavam o […] espaço ideal de realização das ciências (p. 73). Nesta época havia uma forte influência da religião, que se reflectia em diferentes áreas na sociedade. Assim, a teologia é que orientava o universo das ciências em que, todas convergiam para Deus.
Depois do Renascimento, época caracterizada, como o próprio nome indica, pelo reflorescer e pelo renascer, surge a construção de novas mundividencias, de novas visões do homem, isto é, de novas formas de ver e interpretar o Homem como um ser transformado e transformador da sociedade e do mundo. Esta nova perspectiva do Homem e do Mundo realçou o conhecimento científico que procura teorizar toda a realidade. A Universidade passa, então, a ser o “Habitat das Ciências”, local onde se realizam as pesquisas.
No entanto, se a Universidade é o “Habitat da Ciências”, surge a questão: […] onde reside a cientificidade das Faculdades (ou Institutos Superiores) de Educação Física, que lhes dê autonomia e singularidade […] (p. 74). Então, se uma ciência deve ter um objecto teórico de estudo e uma prática científica, qual o objecto teórico de estudos das Faculdades e Institutos Superiores de Educação Física e como se processa a sua prática