Allan Kardec e o Espiritismo na atualidade
Não há dúvida de que os novos conhecimentos modificam os conceitos e a compreensão humana do saber. Estes conhecimentos são sempre adquiridos através de pesquisas, geralmente científicas, na busca da verdade.
Portanto, o que se tinha como certo em séculos passados, gradativamente, foi se reformulando ante as descobertas que surgem com a evolução do saber.
Infelizmente, diversas religiões não podem evolver tais conhecimentos porque elas se estabeleceram sem exceção, como se fossem verdades absolutas de revelações divinas e que, como tais, possuiriam a palavra do seu Deus, para cada uma, o único existente.
Ao meu ver, à partir deste ponto, a contradição: Pois a verdade é única para todos e a religião é diferente para cada grupo!
Provavelmente, dentro desta conjuntura, Allan Kardec, ao analisar mensagens mediúnicas, viu no acervo que possuía, uma forma de dar ao homem os conceitos necessários de forma racional e gradativa, daí garantir que a Doutrina Espírita, por ele codificada avançaria com o progresso e os novos conhecimentos humanos.
Isto significa dizer que suas obras são o pilar de sustentação para formar tal doutrina. E nela, através dos tempos, seriam acrescidos novos conceitos e assim reformulados, para que estivessem sempre atualizados. Todavia, na época em que Kardec viveu, ou seja, segunda metade do século XIX, os conhecimentos científicos eram bem precários. Posto isso, sua linguagem, à época, tinha que estar compatível com os conhecimentos contemporâneos, sob pena de ser considerado um visionário, ou, então, uma obra de ficção, daí a necessidade de adaptação à precariedade dos conceitos da época.
Não podemos negar que o Espiritismo na atualidade, em algumas circunstâncias, possui erros, os quais podemos notar/encontrar numa série de controversas que descaracterizam o principal objetivo d da Doutrina, que é melhorar os homens, no que diz respeito ao seu progresso moral e intelectual.
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