Alienação e ideologia
Pela influência de Karl Marx (1818-1896), ele mesmo influenciado pelo mecanismo da alienação religiosa elaborado por Ludwig Feuerbach (1804-1872). O fenômeno fundamental da sociedade capitalista é a alienação econômica pela qual o fruto do trabalho é alienado do operário nas mãos do patrão, proprietário dos meios de produção. Esfoliado daquilo que ele mesmo produziu, vivendo sempre na dependência de uma remuneração arbitrária, o proletariado se avilta pouco a pouco, perde o senso de sua dignidade, marginalizá-lo da sociedade e se torna incapaz de participar no processo político. A linha de ação marxista decorre logicamente dessa análise simplista da realidade social: trata-se de restituir ao proletariado a consciência de sua dignidade e de sua força, de conscientizá-lo, para que, superando a alienação econômica, pela liquidação da propriedade privada dos meios de produção, sugere, também, todas as alienações a que fora reduzido. O grande impasse da ideia marxista de alienação reside no fato de que, a pretexto de superar a alienação econômica, os países comunistas consumaram a mais pessoas nas mãos do Estado Totalitário.
“O trabalhador torna-se tanto mais pobre quanto mais riqueza produz, (...) O trabalho não produz apenas mercadorias, mas também a si mesmo e ao trabalhador como uma mercadoria.”
Ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético) é um conjunto de proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe. A manutenção da ordem social requer dessa maneira menor uso da violência.
A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status e da própria sociedade. O método precípuo da ideologia é a utilização do discurso