Alienação do Trabalho
O trabalho alienado é aquele no qual o trabalhador não possui controle do processo de trabalho, ele é dirigido por outro, o dono dos meios de produção, o proprietário das terras, fábricas, máquinas, etc. O trabalho é uma forma do ser humano se realizar, desenvolver suas potencialidades físicas e mentais, quando comando seu processo de trabalho e coloca uma finalidade nele, este é o trabalho que humaniza e que Marx chamou de práxis, objetivação. No entanto, o trabalho alienado é a negação desse trabalho, é um trabalho forçado, apenas um meio para satisfazer outras necessidades (o salário satisfaz outras necessidades), logo ele é mortificação e o trabalhador foge dele como “o diabo foge da cruz”.
O trabalho alienado é um trabalho heterogerido, ou seja, gerido por outro, pelo patrão, pelo burocrata, etc. Aqui se encontra o segredo da propriedade privada: o trabalhador executa o trabalho sob a direção de outro, este outro, ao dirigir o processo de trabalho, também vai dirigir o seu resultado, o produto do trabalho. Por isso, o trabalho alienado é uma relação social entre o trabalhador e o não-trabalhador. Este último, por dirigir o trabalho do primeiro, se apropria dos produtos que ele produz. Essa é a fonte da propriedade privada, que é apenas um resumo do trabalho alienado. Uma vez existindo, parece ter vida própria e surgindo do nada, mas sua fonte é o trabalho. Assim, o trabalho produz riquezas que não ficam com os trabalhadores e sim com os não-trabalhadores e esses, graças a essas riquezas, controlam os trabalhadores.
Assim, derivado do trabalho alienado, ocorre a perda do produto do trabalho, a exploração do trabalhador, o alheamento do produto. Outra conseqüência disso é que o trabalhador não se reconhece em seus produtos, não se satisfaz e nem o toma como resultado de sua atividade, o que é chamado “estranhamento”. O produtor não se reconhece no seu produto, que parece ter vida própria. Outra conseqüência é que o trabalhador