alguns assuntos naturais
Foi dirigido por Alain Fresnot e adaptado pelo próprio diretor e por sua escritora, Ana Miranda.
As embarcações portuguesas como sabemos, estavam a procura de uma rota que os levassem a Índia , mas acabaram encontrando o nosso tão amado país. Tendo em vista de que quando se fixaram, tomaram os índios por escravos e começaram também a catequiza-los, na minha opinião, impondo sua cultura e de uma forma bruta, a escravidão.
O filme relata a história de jovens órfãs que foram enviadas à mando da rainha ao Brasil para que colonos portugueses não tivessem que se envolver com as índias para evitar a miscigenação, o que sabemos que não foi levado adiante e também pelo fator da religião.
Um fator relevante observado no filme é o machismo que na época era uma coisa natural, a mulher servia apenas para dar prazer ao homem e servi-lo. Temos um foco na história de Oribela, uma jovem que é obrigada a casar-se com Francisco, um homem rude, típico português. Ela tenta fugir após ser praticamente estuprada pelo marido, mas acaba sendo encontrada e é presa em casa onde é agredida. O feminismo naquela época estava abaixo de zero, as mulheres não tinham voz.
Ximeno, homem o qual Oribela tinha uma certa afeição e no qual já tinham tido relações depois da segunda tentativa de voltar à Portugal feita por ela, foi morto por Francisco quando descobre a traição da esposa e o plano de fuga dos dois. O filme termina com Oribela dando à luz ao filho que seria supostamente de Ximeno e ela já conformada com sua situação de esposa. Digamos que não foi um final feliz, mas tratando-se de uma mulher e com as coisa que foram feitas por ela foi um final relativamente bom.
Ana Carolina Dias Pacheco – 1º CV