ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Parte 5 (Continuação página 24 á 26)
A autora Maria do Rosário questiona o que se entende por qualidade da educação e da alfabetização, nos programas, metas e ações definidas por organismos internacionais e em políticas publicas brasileiras. Segundo a mesma, essa meta se encontra diretamente relacionada com um aspecto pouco visível, e, portanto, de difícil mensuração, que se encontra na caixa-preta da alfabetização escolar.
Segundo a autora, problemas da alfabetização no Brasil são explicados, por exemplo, como resultantes de dificuldades do aluno em aprender, ou do professor em ensinar, ou de insuficiente envolvimento das famílias na vida escolar das crianças, ou de ineficiente atuação de gestores da educação, ou de aplicação inadequada de investimentos financeiros.
Com essa condição de inquestionalidade e imutabilidade do conceito de alfabetização operante nas relações de ensino-aprendizagem escolar, estão relacionados também os conteúdos de ensino na etapa de alfabetização.
O texto relata que embora inicialmente se tenham explicitado e enfatizado as relações entre aspectos didático-pedagógicas e projetos políticos para nação brasileira, foram-se estabelecendo como rotineiras certas concepções de leitura, escrita e texto e correspondentes conteúdos de ensino. Assim, resultou certo modelo de ensino inicial de leitura e escrita, perpetuando como legado natural e imutável no interior de determinada cultura escolar e certamente perpetuando ao longo da vida dos alunos em relação direta com a compreensão que construíram a respeito da leitura e da escrita e suas funções e usos sociais e pessoais.
Conforme as necessidades e possibilidades históricas de se formularem os problemas envolvidos nas dificuldades das crianças em aprender a ler e a escrever, até meados do século XX a ênfase das propostas oficiais para o ensino inicial da leitura e da escrita recaiu nos métodos de alfabetização. A partir de então, com a consolidação da função