Alfabetização e Letramento
Evidenciamos que, a contar de 1930, as relações entre a educação e o desenvolvimento, apesar dos imersos progressos alcançados, distinguiram-se por uma crescente distância entre as necessidades do segundo a forma como se expandiu a primeira. Essa expansão sofreu deficiências de caráter estrutural, porque tanto em relação à demanda quanto em relação à oferta ela se processou em direção oposta aquela exigida pelo desenvolvimento brasileiro.
Reúne-se no Rio de Janeiro, um grupo de educadores brasileiros imbuídos de ideias renovadoras sobre o ensino, para criar a Associação Brasileira de Educação. Era, portanto, o movimento renovador que iria ter na ABE seu órgão representativo e seu centro divulgador. Era também o começo de uma luta ideológica que iria culminar na publicação do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nacional”, em 1932, e nas lutas travadas mais tarde em torno do projeto de lei das Diretrizes Bases da Educação Nacional. A reafirmação dos princípios e valores da educação confessional significa, em realidade, as determinações dos grandes grupos, que ate então vinham monopolizando o ensino, de impedir, a todo custo, a perda desse monopólio que a ação do Estado naturalmente haveria acarretar.
O Governo Provisório tratou logo de estabelecer condições de infraestrutura administrativa para fazer prevalecer alguns dos princípios básicos em que se fundamentava o novo regime. Era a primeira vez que uma reforma atingia profundamente a estrutura do ensino e, o que é importante, era pela primeira vez a todo o território nacional. Era, pois, o inicio de uma ação mais objetiva do Estado em relação à educação.
Embora o ensino superior tenha sido criado há mais de um século, durante a permanência da família real portuguesa no Brasil, de 1808 a 1821, a primeira organização desse ensino em Universidade, por determinação do Governo Federal, só apareceu em 1920, com a criação da Universidade do Rio de