Alfabetização para todos
O que fazer com uma turma que tem crianças com conhecimentos muitas vezes além do que se espera para aquele ano letivo e outras que não parecem estar avançando no mesmo ritmo do restante da turma? O primeiro tópico da unidade sete busca aprofundar a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento considerando sobretudo, a heterogeneidade de conhecimentos dos alunos no processo de alfabetização. O foco principal é motivar os professores a criarem propostas de organização de rotinas de alfabetização adequadas às diferentes necessidades de aprendizagens dos alunos, ou seja, contemplando crianças que tenham diferentes conhecimentos sobre a leitura e a escrita.
Tal proposta deve-ser ao fato de muitos professores relatarem dificuldades no cotidiano de seus trabalhos devido à complexidade das interações em sala de aula, em especial em relação à heterogeneidade de conhecimento das crianças. Esse aspecto se torna muito importante na organização das práticas pedagógicas de alfabetização, daí a necessidade da realização do diagnóstico avaliativo acerca das capacidades e potencialidades dos alunos para que os direitos de aprendizagem sejam conquistados gradativamente por toda a turma.
Logo, se há heterogeneidade em sala de aula, diferentes saberes só poderão ser construídos por meio de diferentes atividades. Ou seja, é necessário que sejam propostas diferentes atividades mesmo considerando que seja o objeto de ensino seja o mesmo, pois, as crianças têm necessidades diferentes. Em uma mesma turma pode-se ter uma criança que ainda não percebeu que para escrever é necessário usar letras e não as conhece, como também pode haver crianças que compreendem o sistema de funcionamento de escrita, lendo e escrevendo com autonomia.
Para conduzir os estudantes de modo a promover situações que propiciem aprendizagens a todos por meio de diferentes tipos de atividades, o docente precisa conhecer bem o objeto de