alfabetização em libras
Email: grazielamarques64@hotmail.com
ALFABETIZAÇÃO EM LIBRAS:
Ampliando horizontes na educação dos surdos com propostas de atividades pedagógicas.
Este estudo pretende apresentar uma experiência de caráter pedagógico para o ensino dos alunos Surdos. Propõe uma reflexão psicolinguística sobre as construções conceituais de crianças surdas no que diz respeito à escrita. O trabalho revela, a partir de um diálogo com as ideias de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, que a psicogênese da escrita vivenciada por crianças surdas, que têm a língua de sinais como primeira língua e língua de instrução, se desenrola de forma diferente ao que é vivido por crianças ouvintes em processo inicial de construção da escrita. As principais especificidades dessa aquisição relacionam-se: a não-fonetização da escrita, a uma intensa exploração dos aspectos viso-espaciais da escrita e ao uso dos parâmetros fonológicos da língua de sinais como elemento regulador e organizador da escrita. Tais peculiaridades exigem, portanto, que a escola e o professor alfabetizador revejam suas concepções sobre o processo de escrita no surdo, pensando em (novas) práticas pedagógicas que considerem a realidade bilíngue e sua relação não-sonora com a escrita.
Entende-se assim que, embora o surdo esteja inserido em uma sociedade e em um núcleo familiar cuja maior parte utiliza a língua oral majoritária, ele também está ligado – direta ou indiretamente – a espaços e pessoas que se comunicam por uma língua de sinais. Reconhecer, portanto, a condição bilíngüe do surdo implica aceitar que ele transita por essas duas línguas e, mais do que isso, que ele se constitui e se forma a partir delas.
A língua de sinais, historicamente tão rechaçada, passa a ser percebida como parte positiva da vida do surdo, como elemento indispensável para garantir sua apropriação dos elementos culturais, de integração à sociedade e de acesso ao conhecimento – acadêmico ou não –, além de