Alfabetização cientifica
Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social*
Attico Chassot
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Educação
Há um continuado desafio: fazermos a migração do esoterismo ao exoterismo.
A procura de um cenário: a escola
Antes de apresentar o central deste texto – a alfabetização científica –, parece oportuno, ainda que de uma maneira panorâmica, olhar a escola – na acepção de instituição que faz ensino formal, em qualquer nível de escolarização – nesses tempos de globalização. Não vou tecer, aqui e agora, comentários sobre os apossamentos da Organização Mundial do
Comércio na fatia educação para dirigir sua voracidade por lucros,1 favorecendo a comercialização in-
* Sou muito grato aos árbitros anônimos da Revista Brasileira de Educação pelos circunstanciados pareceres e pelas valio-
ternacional dos serviços da educação como uma mercadoria qualquer. Parece não existir outro b em comerciável que segure um consumidor cativo por quatro ou mais anos, como o estudante que compra ensino de uma escola. Também, não preciso destacar as fantásticas modificações no mundo de hoje e o quanto elas atingem – e uso esse verbo na sua plenitude de significados – a educação, ou, mais especificamente, as salas de aula. Não temos dúvidas do quanto a globalização confere novas realidades à educação.
Talvez, para uma facilitação, pudéssemos dirigir nosso olhar para duas direções. Primeira, o quanto são diferentes as múltiplas entradas do mundo exterior na sala de aula; e a outra direção, o quanto essa sala de aula se exterioriza, atualmente, de uma maneira diferenciada. Sobre a primeira das situações não precisamos fazer muitas ilustrações. Comparem, por exemplo, o
sas sugestões. Procurei incorporar a maior parte delas a este texto.
Evidentemente houve limitações de minha parte e o não atendimento de algumas das propostas deve ser atribuído a elas.
1
Ver a Carta de Porto