Alemanha oriental
Sistema socialista e capitalista
Em 1949, as duas super potências da época (Estados Unidos e União Soviética) dividiram o território alemão em dois países: a República federal da Alemanha (Alemanha ocidental), de regime capitalista, com capital em Bonn, e a república democrática alemã (Alemanha oriental), de regime socialista, com capital em Berlim oriental. A Alemanha ocidental ficava na área de influencia dos Estados Unidos, e a oriental, na área de influência da União Soviética. A cidade de Berlim também foi dividida em duas: Berlim oriental (socialista) e Berlim Ocidental (capitalista).
Nos anos que se seguiram a divisão do país, os alemães ocidentais e os orientais conseguiram, à custa de muito esforço, recuperar-se das enormes perdas sofridas na Segunda Guerra. Mas já nos anos de 1990 se podia notar que os alemães ocidentais tinham um padrão de consumo maior que os orientais. Embalada pela ajuda norte-americana, a economia da Alemanha ocidental crescia a passos largos. Seu PIB tinha alcançado a do Reino Unido e o da França.
Essa situação de prosperidade estimulou a fuga de alemães da porção oriental para a ocidental. Só na primeira semana de agosto de 1961, o número de alemães que se mudaram chegou a 40 mil. Diante disso, as autoridades da Alemanha oriental mandaram erguer o muro de Berlim.
Nas décadas seguintes, a diferença no ritmo de desenvolvimento das duas alemanhas aumentou: a Alemanha oriental, socialista, era um país razoavelmente desenvolvido, mas a Alemanha ocidental, capitalista, tinha se tornado um dos países mais ricos do mundo. Outro ponto a favor da Alemanha Ocidental: o país vivia em regime democrático, em que os cidadãos elegiam os governantes e podiam manifestar livremente suas opiniões.
Descontentes com a falta de liberdade política, os habitantes de Berlim oriental promoveram uma serie de manifestações, exigindo melhor qualidade de vida e democracia. O lema dos manifestantes era Wir sind das Volk