Alcoolismo
O alcoolismo tem sido uma das maiores preocupações da saúde pública no mundo, estando associado a diversos outros problemas como: mortes no trânsito, desentendimentos familiares e afetivos, separação de casais, sendo, também, companheiro inseparável de homicídios, espancamentos de crianças e mulheres, deserção do trabalho, da escola, etc. São numerosas as tentativas para se compreender o alcoolismo. Alguns autores acreditam que suas causas estão associadas a um complexo conjunto de fatores biopsiocossociais.
Dentro de uma perspectiva sociocultural, vários trabalhos têm sido realizados na tentativa de compreender o consumo de bebidas alcoólicas. Muitos autores apontam que as influências ambientais constituem um fator preponderante para a instalação de futuros e/ou precoces alcoolistas. Como principais influências do ambiente, destacam as pressões dos amigos, bem como induções do meio familiar, principalmente por parte do pai na infância do indivíduo ao oferecer alguns goles com o intuito de induzi-lo a hábitos mais masculinos. Outros problemas também aparecem na literatura científica vinculados ao abuso de álcool: perdas múltiplas de emprego, reclamações da família, dos amigos e problemas conjugais.
Na esfera psicológica é possível localizar, ainda, outro conjunto de fatores associados ao uso do álcool. Certos traços de personalidade aparecem vinculados ao alcoolista, como por exemplo: regressão emocional, imaturidade, instabilidade, ansiedade, insegurança e fraqueza do ego. Segundo Van Kolck e colaboradores, de sujeitos dependentes, tímidos e fugidios, com medo de tomar iniciativas e de assumir responsabilidades onde a fantasia pode se apresentar como fonte de satisfação ou como refúgio possível da frustração das aspirações intelectuais. Deste modo, o álcool funcionaria como um mecanismo de fuga do indivíduo devido ao seu sentimento de inadequação, encoberto por ideais de grandeza, certo perfeccionismo e exibicionismo, apresentados face à sua