Alcoolismo

RESUMO DE GENÉTICA

O alcoolismo possui diversas influências podendo ser biológicas e sociais. Entre as influências sociais encontramos: Cultura, religião, casamento, família, amigos, ambiente acadêmico e sexo. Estudos mostraram que existe menor herdabilidade de alcoolismo em famílias religiosas em que o ambiente é rigoroso e menos permissivo assim como também apontaram que indivíduos casados possuem menor tendência ao alcoolismo, um exemplo de interação genótipo-ambiente. Na maioria das pesquisas foi constatado maior número de alcóolicos homens do que mulheres, assim como maior percentual de herdabilidade em homens comparado a mulheres. A influência cultural é fácil de perceber pela mídia que bombardeia frequentemente com propagandas de cerveja e outras bebidas alcóolicas, incluindo também o valor de socialização e aceitação que a bebida possui na própria sociedade. Outro aspecto fundamental é a família. Mais de 30 estudos familiares mostraram que o alcoolismo se desenvolve nas famílias com maior risco de ocorrência nos parentes de 1º grau. O estudo familiar feito com 300 indivíduos por Reich e Cloninger (1990) apontou um risco médio de 40% nos parentes em primeiro grau masculinos e 20% nos femininos. As influências biológicas são as características genéticas que podem contribuir na opção de ingerir mais álcool: como sensibilidade ao álcool, preferência pela ingestão de álcool, efeitos colaterais negativos, entre outros. A psicofarmacogenética é o estudo dos efeitos genéticos nas respostas comportamentais à fármacos. Ela iniciou principalmente com o objetivo de pesquisar os efeitos das drogas em seres humanos dando muito enfoque ao álcool. Estudos de seleção feitos com camundongos detectaram influência genética na sensibilidade ao álcool, após fazerem testes e cruzamentos perceberam que cruzando linhagens com a mesma característica após 18 gerações percebia-se uma linhagem com resposta muito mais lenta de recuperação aos efeitos do etanol e outra