MOnografia
1.1 Contextualização dos principais aspectos históricos
Para que se possa compreender a Saúde Pública no Brasil, é necessário salientar alguns acontecimentos que pontuaram a história da saúde pública do nosso país.
No período colonial não havia no Brasil nenhum modelo de atenção à saúde da população, desta forma “[...] a atenção à saúde limitava-se aos próprios recursos da terra (plantas, ervas) e, àqueles que, por conhecimentos empíricos (curandeiros), desenvolviam as suas habilidades na arte de curar.” (POLIGNANO, 2007, p.3).
No entanto, segundo lecionam pesquisadores, “ao longo da história humana, os maiores problemas de saúde que os homens enfrentaram estiveram relacionados com a natureza da vida comunitária.” (PEREIRA et al., 2005, p.259).
Tendo em vista o grande o número de pessoas que dividiam o mesmo espaço, sem o mínimo de higiene, era necessário implantar métodos de controle das doenças transmissíveis e melhorar o ambiente físico, provendo-os de água, comida e assistência médica.
Com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, surgem as primeiras mudanças referentes à questão sanitária brasileira, com a nomeação do Doutor Manoel Vieira da Silva para o cargo de sanitarista. Suas atividades segundo relato de pesquisadores “[...] limitaram-se à delegação de atribuições sanitárias às juntas municipais e às atividades vacinadoras.” (PEREIRA et al., 2005, p.260). Essas ações foram consideradas as primeiras formas de organização nacional da Saúde Pública no Brasil.
A Política de Saúde Pública no Brasil, nasceu no fim do século XIX, após a Proclamação da República (1889), pois é a partir deste momento, que o governo republicano passa a visualizar a população como capital humano, adotando medidas de proteção da saúde pública, que resultam de grande importância para os interesses econômicos, visto que as epidemias provocavam muitas mortes, causando, assim, a redução da vida produtiva