Alcoolismo
O uso indevido de bebidas alcoólicas é considerado um grave problema de saúde pública. Além da sua prevalência na população adulta, esse comportamento está presente igualmente entre adolescentes, repercutindo na sua saúde física e mental. O consumo de álcool pode ser advindo do estilo de vida atual, dos elevados níveis de estresse, de ansiedade, de baixa auto-estima, sentimentos depressivos, susceptibilidade à pressão dos pares e problemas relacionados à escola.3,8
Diversos campos do saber científico adotam diferentes definições dos termos "uso", "abuso" e "dependência de álcool". A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) define "uso" como qualquer consumo, independente da freqüência; "abuso", um consumo associado a conseqüências adversas recorrentes, porém não caracterizando "dependência". Esta última manifesta-se quando o uso de uma substância passa a caracterizar um estado disfuncional.
A ingestão excessiva de álcool configura uma questão problemática. No Brasil, estudos têm mostrado que a taxa de prevalência de alcoolismo varia entre 3,0% e 6,0% na população geral. É considerado o terceiro motivo para o absenteísmo no trabalho, com elevadas taxas de aposentadorias precoces, acidentes de trabalho e de trânsito, responsável por proporção considerável de ocupação leitos hospitalares.1,2
A Organização Mundial de Saúde (OMS), há décadas, já definia o alcoolismo como uma doença de natureza complexa. O álcool atua como fator determinante sobre causas psicossomáticas preexistentes no indivíduo e para cujo tratamento faz-se necessário recorrer a processos profiláticos e terapêuticos de grande amplitude.
Há ampla literatura científica sobre o consumo de substâncias psicoativas, entre elas o álcool, com metodologias e abordagens diversas tanto na população geral como em grupos específicos.1,2,15 Em se tratando do adolescente trabalhador, os estudos têm identificado como chance para o consumo de álcool, além do gênero masculino, a idade, relações