Alcoolismo
Diante da problemática social vivida pelo dependente de álcool é de fundamental importância que compreendamos a experiência de se viver com o drama de ser alcoolista, visto que a incerteza da reinserção do dependente de álcool no âmbito social gera esforços cada vez mais compromissados com o desafio de devolver ao alcoolista a dignidade e a possibilidade de estar atuando novamente de forma ativa em suas relações sociais como um cidadão e parte integrante de uma sociedade que antes o excluíra.
Atualmente apesar de todos os programas de saúde como os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) e programas sociais como o grupo dos Alcoólicos Anônimos (AA), ainda existem dificuldades acentuadas no que diz respeito ao tratamento e reinserção social do alcoolista, pois não há autocontrole suficiente por parte do dependente de álcool em livrar-se de seu vicio, visto que como Ferreira (2001) diz “vicio é uma conduta ou costume nocivo ou condenável” P. 710.
Devido a esse comportamento socialmente nocivo e condenável, a sociedade responde com a exclusão social que delimita as relações sociais e por sua vez acaba dificultando a sociabilidade conjunta desses indivíduos em recuperação devido ao tipo de patologia que apresentam, e que, portanto os coloca em lugar de minorias sociais.
As sequelas físicas desenvolvidas pelo consumo excessivo e constante de álcool são evidentes, mas o que desperta a inquietude de alguns e que permanece encoberto é exatamente esse preconceito e a exclusão que um alcoolista sofre por parte da sociedade. Visto as diversas barreiras encontradas pelos dependentes de álcool na luta pela reinserção social, destaca-se os trabalhos de um grupo que exercita nos alcoolistas a autoconfiança e o autocontrole, através dos quais o desejo de novamente participarem ativamente do âmbito social é aflorado. E esse método acaba ressaltando a importância das interações entre os indivíduos no processo de socialização e a necessidade mutua de compartilhamento