ALCOOLISMO NO TRABALHO
O conceito do alcoolismo surgiu a partir do século XVIII, logo após o desenvolvimento da produção e comercialização do álcool destilado, conseqüente à revolução industrial. Durante este período destacaram-se dois autores: Benjamin Rush e Thomas Trotter. O primeiro, um psiquiatra americano, foi responsável pela frase “beber inicia um ato de liberdade caminha para o hábito e, finalmente, afunda na necessidade”’. E o segundo foi quem, pela primeira vez, se referiu ao alcoolismo como "doença". Outro autor de relevância foi Magnus Huss, que introduziu o conceito de "alcoolismo crônico", estado de intoxicação pelo álcool que se apresentava com sintomas físicos, psiquiátricos ou mistos (Gigliotti e Bessa, 2004).
Em 1948, a Organização Mundial se Saúde inclui o alcoolismo na CID como item diferenciado da intoxicação alcoólica e psicoses alcoólicas, e em 1994, na CID 10, o alcoolismo encontrase no capítulo referente aos transtornos mentais e do comportamento, podendo ser definido como uma fármacodependência, postulada como:
“Um estado psíquico e algumas vezes também físico, resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância caracterizada por um comportamento e outras reações que incluem sempre compulsão para ingerir a droga, de forma contínua ou periódica, com a finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos e às vezes para evitar o desconforto de sua abstinência. A tolerância pode existir ou faltar e o indivíduo pode ser dependente de mais de uma droga”.
De acordo com o Ministério da Saúde, podese ainda diferenciar o uso do álcool em três níveis (Vaissman, 2004):
bebedor moderado (sem dependência e problemas decorrentes de seu uso);
bebedorproblema (conseqüências físicas, psíquicas e/ou sociais decorrentes do uso);
dependente do álcool (ingestão excessiva de álcool, de modo contínuo ou periódico, para experimentar seus efeitos psíquicos e/ou para