Alcantra
Situada a 22 quilômetros de são Luis, é considerada patrimônio cultural brasileiro, graças a sua rica historia e cultura, preservada nas comunidades quilombolas situa na zona rural do município. Pesquisas feitas em 2001 apontam que a população quilombola chega a 11.941 Distribuídos por 139 lugarejos.
Nos anos 1980 os quilombolas foram vitimas de deslocamentos compulsórios promovidos pelo Centro de Lançamento de Alcântara (CLA)
O CLA foi instalado em áreas ocupadas desde o século XVIII pelas comunidades negras rurais de Alcântara.
Como consequência da ampliação do CLA podem ocorrer a remoção de mais de 1.500 quilombolas de suas moradias. Com isso houve a mobilização de várias organizações, como associação das comunidades negras rurais, quilombolas do Maranhão, o centro de cultura negra do Maranhão, a Sociedade maranhense de direitos Humanos, a Rede social de justiça e direitos humanos a justiça global e o centro pelo direito a moradia contra despejos e também do ministro publico federal.
O conflito com o centro de lançamento da Aeronáutica
O CLA foi projetado para exercer as atividades operacionais ao cumprimento das missões de lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais, de coleta e processamento de dados de suas cargas uteis. As agrovilas são administradas pela aeronáutica de forma que os quilombolas não podem usufruir desses locais de maneira autônomas. Os mais jovens não podem construir famílias na mesma área em que seus pais vivem. Os moradores das agrovilas enfrentam dificuldades para garantir a sua subexistência, as áreas são pequenas, tem solo impróprio para agricultura e localizam-se longe do mar, tornando difícil manter a pesca como atividade cotidiana.
A batalha judicial
Um importante aliado dos moradores de Alcântara tem sido o Ministério publico Federal, que entrou com três ações civis publicas visando defender os direitos dos quilombolas. A primeira delas proposta em 1999, contra a união federal, o IBAMA e a Infraero,