Alberto Caeiro
Inspiração Súbita
Génese dos vários “Eus”
• Fernando Pessoa como sendo histérico, daí a sua despersonalização
Sensacionismo
Paganismo
Natureza
Olhar
MESTRE
Panteísmo
Objetivo
Real
Alberto Caeiro
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Nasceu em 1889;
Viveu no campo;
Não teve profissão nem educação;
Era médio e frágil;
Os pais morreram cedo;
Teve que viver dos poucos rendimentos que tinha;
Escrevia mal;
Tinha olhos azuis e cabelo louro;
Cara rapada;
Morreu tuberculoso.
Vive de impressões;
É objectivista;
Muito realista e observador;
Espontâneo;
As suas obras vêm além do pensamento e da razão; • 1914 – Dia Triunfal;
• Iletrado.
•
•
•
•
•
Motivos Poéticos
Mestre de todos os outros;
Sensacionismo;
Relação intima e direta com a natureza;
Recusa do pensamento e do mistério das coisas; • Poeta do real objectivo;
• Privilégio do sentir em relação ao pensar;
• Panteísmo aliado ao paganismo existencial.
•
•
•
•
Estilo e Linguagem
Ausência aparente de preocupações estilísticas;
Linguagem simples;
Prosaísmo e coloquialismo;
Adjetivação;
Predomínio do presente do indicativo;
Recurso a frases simples ou coordenadas;
Predomínio da comparação, da metáfora e da repetição anafórica;
• Liberdade estrófica, verso livre, métrica irregular
•
•
•
•
•
•
•
Guardador de Rebanhos (I)
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
É se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os