Alan
Transformações químicas ocorrem em todo lugar, a cada segundo, em grande número. Elas estão intimamente associadas à manutenção e melhoria da qualidade de vida, a modificações naturais da crosta terrestre, a incontáveis processos industriais, à geração de energia. Têm também papel central em processos como a poluição do planeta, a deterioração da camada de ozônio, a fabricação de drogas, de explosivos e de armas nucleares. Em resumo, reações químicas estão associadas tanto a processos naturais quanto a diversos ramos da atividade humana.
O interesse em cinética química vem da necessidade de controlar quão rapidamente uma transformação se completa e quais os produtos a serem formados.
Se compreendermos o mecanismo pelo qual a reação se processa, quais as suas etapas críticas, que fatores podem mudar a sua velocidade, haverá alguma chance de controlarmos o processo e explorarmos a sua potencialidade.
O primeiro passo num estudo cinético é a obtenção de informação experimental sobre a velocidade da reação sob uma variedade de condições. Estamos habituados ao termo “velocidade” no que se refere ao movimento de corpos e objetos; no seu sentido geral, o conceito sugere que uma quantidade mensurável esteja mudando com o tempo. Na descrição de reações químicas, a velocidade de reação é uma quantidade positiva que informa como a concentração de um reagente ou produto é alterada no decorrer do tempo. Por exemplo, na decomposição do peróxido de hidrogênio (água oxigenada), 2 H2O2(g) → O2(g) + 2 H2O(g) a velocidade da reação pode ser dada por:
v=
∆[Ο 2 ] 1 ∆[Η 2Ο ]
1 ∆[Η 2Ο 2]
=
= −
,
∆t
2 ∆t
2
∆t
pois a velocidade de mudança na concentração de um dado composto numa reação não é sempre igual às velocidades para outros reagentes ou produtos no mesmo processo. 135
Para encontrar a relação exata entre velocidade e concentrações dos reagentes é preciso realizar experimentos cinéticos